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  • Foto do escritorPlop Champagne

II Festa do Champagne Anima Vinum


A importadora Anima Vinum, localizada no bairro de Moema em São Paulo, e que traz incríveis rótulos de pequenos produtores de Champagne, realizou no dia 26/11 a segunda edição da Festa do Champagne! Trouxeram 3 produtores de diferentes regiões para o Brasil, e nós tivemos a oportunidade de conversar com eles e degustar alguns de seus incríveis rótulos, em uma festa animada com boa música, ostras e muitas bolhas!

Então é claro que preparamos uma matéria para contar os detalhes para vocês...

Boa leitura!





Champagne Thierry Massin – Com seu início em 1977, possuem 12ha em Côte des Bar, Ville Sur Arce (solo de argila calcária, o mesmo de Chablis) administrados pelos dois irmãos fundadores, e seus filhos Thibault e Violaine (que tive o prazer de conhecer e conversar sobre esse terroir e sobre seus champagnes feitos com excelência). Possuem o selo HVE de comprometimento ambiental, e fazem todo o trabalho da produção o mais sustentável possível (existem muitos desafios nessa conversão) e ainda não são certificados nesse aspecto, porém o comprometimento de sustentabilidade dessa vinícola familiar é enorme. Uma das técnicas utilizadas consiste na poda precoce das videiras, que evita a necessidade de intervir com pesticidas.

Degustamos 3 exemplares (todos com fermentação malolática): Para começar, Brut Sélection - 100% Pinot Noir (uva dominante na região e na plantação desses produtores - 70% de seus 12ha). Champagne que traz a elegância da Pinot Noir, com excelente persistência e acidez interessante e equilibrada.


O segundo rótulo foi um contraste que me surpreendeu: Brut Mélodie – 100% Chardonnay (apenas 15% de sua plantação). Acho que foi meu favorito... trouxe muita cremosidade, complexidade, o que me deixou encantada! Harmonizei com um aperitivo frito com salmão cru, proporcionando uma composição maravilhosa em boca (acidez do champagne com fritura... não deixem de provar! Salmão, clássico.


Para finalizar a degustação deste produtor, Brut Prestige, um blend de 70% Pinot Noir e 30% Chardonnay – Mineral + complexo = equilíbrio maravilhoso e muito bem elaborado! Fechamento com chave de ouro.

Esse produtor além de utilizar as 3 principais castas de Champagne (Pinot Noir, Meunier e Chardonnay), planta todas as castas permitidas (Arbane, Petit Meslier, Pinot Blanc e Pinot Gris).


Champagne Jeaunaux-Robin, desde 1971 em uma região pouco conhecida por muitos, entre Côte des Blancs e Côte de Sézanne: Vallée du Petit Morin. Terroir argilo calcário com presença em partes desse terroir de uma rocha sedimentar chamada Sílex, que dita algumas características da região. Com encostas voltadas para o Sul (recebem mais sol) e um território muito propício para as uvas Chardonnay e Meunier, o casal Cyril e Clémence (que tive a honra de conhecer e conversar) realiza nesse Domaine um trabalho que muito me surpreendeu.

Degustamos dois rótulos com baixa dosage (o que particularmente me agrada muito), sem fermentação malolática e com passagem parcial por barrica.


Para começar, um Brut Nature Fil de Brume, 80% Chardonnay e 20% Pinot Noir de solo argilo calcário com grandes rochas Sílex e videiras de 40 anos. Produção de apenas 2.000 garrafas de uma mistura das safras 2015 e 2016 e com passagem de 25% do vinho base por barricas com mais de 10 anos, e permanência de mais de 3 anos em cave. Um champagne surpreendente, com acidez característica da região em perfeito equilíbrio, cítrico e fresco!




O segundo rótulo desse produtor foi um Extra Brut Éclat de Meuliere, 60% Meunier, 30% Pinot Noir e 10% Chardonnay – talvez o meu favorito da noite! A passagem de 25% em barricas antigas e as características da Meunier trouxeram notas como baunilha, que me agradam muito, além da cremosidade em boca e acidez no ponto ideal. Dosage de 5,5g/L, safras de 2016 e 2017 (maioria) de videiras com 45 anos de idade.


Champagne R. Pouillon et Fils: Fundado em 1947, com 7ha de videiras, esse produtor desenvolve um cultivo sustentável, e em 2021 obteve o certificado orgânico. É inovador e utiliza técnicas como a plantação de trigo, cevada, milho e beterraba nas fileiras entre suas videiras: a chamada agricultura regenerativa (produzir recuperando o solo), e conta com a ajuda de seu cavalo Tango no cultivo (Clique aqui para saber mais sobre como esses cavalos de Champagne tem um papel tão importante). Tanto as garrafas quanto os papéis dos rótulos são reciclados, e ele utiliza leveduras nativas na fermentação do vinho base de seus champagnes.

Degustamos 4 rótulos desse produtor que está localizado em Mareuil-sur-Aÿ, no Grande Vallée de la Marne, com parcelas nessa região, além de parcelas em regiões próximas como Ay, Epernay e Mutigny, totalizando 40. Além de champagnes, eles também produzem vinhos tranquilos brancos e tintos (Coteaux Champenois Blanc e Rouge).


O primeiro rótulo foi o Extra Brut Reserve, 65% Pinot Noir, 20% Meunier e 15% Chardonnay, com passagem por barrica e 25% de vinhos da sua reserva perpétua (também tem matéria sobre isso). Esse blend é composto por 5 terroirs diferentes (em todos eles a Pinot Noir é a casta dominante) e uma dosage de 5g/L. Um vinho de entrada que já mostra o estilo do produtor: elegante, intenso e chama atenção.



O segundo rótulo foi outro Extra Brut, dessa vez um Blanc de Blancs: Les Terres Froids – 100% Chardonnay de uma parcela no terroir Premier Cru de Tauxières em Montagne de Reims que fica do outro lado de Bouzy (região famosa por Pinot Noir e por seus vinhos tintos tranquilos – Bouzy Rouge). Esse “outro lado” são colinas voltadas para o Norte onde a Chardonnay se expressa muito bem no solo argilo calcário da região, produzindo esse cremoso e sedoso blanc de blancs elaborado com 20% de vinhos reserva com passagem por barricas e o restante dos vinhos base da safra de 2016.




O terceiro rótulo era minha grande curiosidade de prova, depois de ter estudado sobre o sistema de Solera em Champagne, que muitas vezes também é chamado de Réserve Perpetuelle.

Extra Brut Solera – 50% Chardonnay 50% Pinot Noir produzido em barril (um único) com 18 safras diferentes, de 1997 a 2014 da vila Premier Cru que é sede desse produtor: Mareuil-sur-Aÿ. É claro que fiquei completamente encantada! “Antítese de vintage que oferece uma visão atemporal desse terroir” como diz o próprio produtor!


Para fechar a degustação, 1er Cru Brut Rosé de Maceration – 100% Pinot Noir também de Mareuil-sur-Aÿ, é produzido com a curta maceração da casca, o que nos presenteia com uma cor indescritível, viva, intensa. Safras 2016 (20%) e 2017 (80%) e dosage de 7g/L é uma experiência única em todos os sentidos: visual, olfato e paladar. Elegante e com corpo, mas sem pesar nem tirar a delicadeza de um belo champagne rosé.



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