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  • Foto do escritorPlop Champagne

Bolhas e suas histórias

Atualizado: 3 de mai. de 2021

E vamos começar nossa viagem sobre Champagne... com um pouco de história! Afinal, como surgiu a vinificação nessa região?



Desde muito antes de ser uma região que produz bolhas, Champagne produzia vinhos tranquilos, principalmente tintos, com seus vinhedos que foram plantados na época dos romanos, e a produção se firmou no século IX, quando já se tinha noção sobre viticultura e as qualidades especiais do terroir da região.

Durante muitos séculos, a região foi cenário de guerras e muita destruição, mas também com momentos de glória e excelentes colheitas.

Champagne sempre foi muito ligada ao catolicismo, e muitos monges e figuras religiosas se estabeleceram por lá e faziam parte da produção de vinhos.


Catedral de Notre Dame de Reims

Com isso o território ganhou uma visibilidade cada vez maior com a realização de batismos de importantes membros da Igreja Católica e coroações reais na Catedral de Notre Dame de Reims (localizada em uma das principais cidades da região) e também pela realização de feiras comerciais, o que fez Champagne entrar cada vez mais em destaque e se tornar conhecida.

E as bolhas?!

Afinal, elas são as estrelas do nosso ouro engarrafado...

Bom, continuando a história da última publicação: Champagne fazia excelentes tintos, mas em certo ponto começaram a ser muito comparados aos tintos da Borgonha, que por sua vez tinham um melhor equilíbrio de acidez e outras características mais vantajosas – vamos abordar nos próximos posts cada detalhe do terroir de Champagne, que tem como grande característica, vinhos com acidez marcante.

Os produtores sentiram então uma necessidade de adaptação, e começaram a investir nos vinhos brancos. Com isso perceberam que produzir vinhos brancos a partir de suas excelentes uvas tintas (maceração sem contato com a casca, não passando assim a tonalidade nem os taninos), fazia um vinho incrível e com maior longevidade.

Fato é que durante a fermentação desses vinhos, quando a temperatura caía, as leveduras entravam em “hibernação” e assim que a temperatura subia na primavera... elas despertavam em uma súbita e intensa produção de dióxido de carbono (BOLHAS) e acreditem ou não... isso era considerado um defeito! Ou seja: ninguém “inventou” os espumantes... eles são um processo natural de fermentação que sempre existiu.

Fermentação alcoólica

Dom Pérignon – um monge dedicado e detalhista que foi cellarmaster na região de Champagne – era uma das muitas pessoas que tentava impedir a formação gasosa – e nessa época já haviam monges de Limoux (região francesa muito conhecida por seus espumantes) que produziam as bolhas e já utilizavam inclusive rolhas de cortiça para vedar as garrafas...

Pierre Perignon foi muito importante para evoluções na produção do champagne posteriormente, com muitos estudos sobre o terroir e o aprimoramento da técnica de blends – misturas de vinhos base, mas não podemos dizer como muitas lendas por aí, que ele foi o “pai do champagne”

Não há um “criador” do espumante, mas sim quem começou a produzi-lo propositalmente e comercializá-lo...

E muitos dos registros apontam para uma região que antecedeu a França: Os ingleses, que tinham os melhores vidros para suportar a pressão do gás carbônico engarrafado – o que era um grande problema, pois muitas garrafas na região de Champagne e em muitas outras explodiam e todo o líquido precioso era perdido...

Ou seja, foi necessário muito estudo e descobertas primordiais para que tivéssemos essas estrelas engarrafadas.

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